Caminhos de Santiago desde Chaves  em 2010-04-23, 24, 25 e 26

Mais um desafio TT em AUTONOMIA TOTAL

 

Fotos do evento Dados prévios do projecto

Fotos do treino de certificação (EW TEAM)

 

Organização:

Clube Amigos da Serra

 

 

Objectivo:

Percorrer mais uma tradicional rota tendo com os seguintes objectivos: fazer "um pouco" de exercício, convívio, contacto com a natureza... em regime de AUTONOMIA TOTAL

 

Participantes:

Tim Hardrock e Valdemar Agonia

 

Resumo do evento:

Objectivos e nota previa:

Conforme é possível consultar na secção "dados prévios sobre a rota" desta reportagem a intensão era claramente sair de casa de bicicleta e no regresso de igual modo. Na realidade tal não foi possível, concretamente na fase de regresso; à ultima da hora múltiplos imprevistos surgiram como que sendo mais um teste à persistência dos participantes neste projecto; os principais contratempos foram nomeadamente a impossibilidade de participar do João Paulo que por razões de ordem particular viu-se impedido de se colocar na "grelha de partida"; os restantes problemas tiveram a ver com a logística de regresso que também à ultima da hora revelou as suas surpresas. A nossa táctica nº1 era o comboio internacional da CP, esta por sua vez revelou-se impossível dada a greve da CP que abrangia a nossa data de regresso. A nº2 era a Internorte (Rodoviária que faz a ligação Coruña - Porto - Lisboa); uma vez contactada a empresa nenhum problema foi apresentado informando apenas que as bicicletas teriam de vir desmontadas e no sentido de garantir a viagem os bilhetes comprados em antecipação; não sendo a nossa melhor opção (até porque apenas iria partir de Santiago às 22h00... servia! Assim no dia anterior dirigi-me à agencia central aqui no Porto para comprar os dois bilhetes altura em que denoto informações contraditórias; a esta altura sou informado que a empresa garantiria o transporte apenas dos ciclistas e não das suas montadas (???). Questionei qual afinal era o critério e como resposta (e esta interessa a toda a comunidade cicloturistica) informaram que por norma é proibido o transporte de bicicletas, a situação é pontualmente assegurada conforme determinação do motorista. Conclusão pode ser bom para desenrascar...

Assim as duas hipóteses ficaram de lado o que obrigou à implementação do plano B.

Este ultimo plano assentou não aluguer em Portugal de uma carrinha guiada pelo João Paulo (membro da EW Team que não pode ir) que nos iria buscar... não houve outra hipótese!

Contornados os diversos contratempos a EW TEAM iniciou as diligencias conforme de forma a cumprir a agenda Chaves-Laza-Silleda-Ourense-Santiago.

 

1ª Etape: CHAVES-LAZA

Às 9h00 (a Rodonorte também perto da data de partida eliminou a carreira das 7h00...) fomos com a Rodonorte para Chaves onde chegamos por volta das 12h00; uma vez reiniciados os preparativos para a partida (ajustar equipamentos, inserir os sacos no Extrawheel, atrelar, etc.) após um reforço de pequeno almoço, apenas por volta das 13h30 conseguimos iniciar a viagem; embora a "Via de Plata" comece oficialmente em LAZA.

Nesta fase do "Camino, concretamente antes de Verin, fomos diversas vezes confrontados pelo desaparecimento de indicações acerca do caminho; há muitas obras de abertura de novas estradas e se não fosse o GPS poderíamos ter perdido muito tempo em reencontrar a rota correcta.

Esta fase do percurso é tendencialmente neutra em termos de altimetria e bastante rolante pelo que a EW TEAM não encontrou dificuldade de maior.

Uma vez chegados a LAZA o "motor" reclamava energia para prosseguir e logo de seguida fomos às compras e fizemos um "pic-nic" de improviso numa tranquila paragem de autocarro; entretanto o tempo passava a noite prometia ser muito fria e húmida, a partir dali iríamos subir bastante em altitude o que pioraria a situação ainda mais, assim concluímos que a nossa melhor hipótese seria o albergue onde passamos então a noite à espera do dia seguinte; passo à frente a fase do "dormir" porque na realidade praticamente assim foi; na nossa camarata tínhamos duas roncas violentas uma das quais fazia lembrar um touro enraivecido tal era a volumetria do som em termos de db’s. Tentei contornar a situação, procurei dois lugares vagos noutras camaratas, incomodei uma data de gente (que só me ouvia após tirar os tampões dos ouvidos... lá sabem), mas nada, estava tudo cheio. Verifiquei a sala de estar mas apenas um dos sofás tinha tamanho suficiente para se poder dormitar o outro era demasiado pequeno,..., e a EW TEAM manteve-se unida na camarata inicial... nada feito ali iria ser o nosso lugar para aquela noite que prometia. Na minha logística inclui igualmente tampões para os ouvidos que não obstante cortarem alguns decibéis ao elevado ruído de roncas não eram o suficiente para providenciar o merecido sossego...

De manhã os relvados circundantes estavam cobertos de orvalhada gelada com aquela cor característica esbranquiçada como que nos dizendo: apesar de tudo... tomaram a opção correcta!

Todos escavacados por não termos descansado o suficiente lá nos fizemos de novo... ao Camino!

 

2ª Etape: LAZA-OURENSE

Nova corrida-nova viagem,vamos a nova etape; em jeito de aperitivo logo à partida levamos com uma subida demolidora até "Albergaria"; uma subida extensa em que os cerca de 25 Kg rebocados (o preço da autonomia, 7.5 Kg em cada saco + peso do atrelado) nos obrigaram a cadenciar muito leve o andamento; bom, do mal o menos, não era surpresa já sabíamos que ia ser assim e lá vencemos este primeiro obstáculo. Fizemos uma paragem estratégica na famosa tasca onde fomos autenticas vedetas: um senhor inclusive pediu licença para tirar uma foto à bicicleta com o carrinho para mostrar à mulher que de outra forma não acreditaria...

Esta etape constitui o nosso primeiro contacto sério com o nível de técnico requerido pelo Extrawheel quando conduzido com o peso que levávamos; as subidas íngremes obrigavam a uma gestão mais rigorosa de caixa e técnico em geral, um ritmo mais leve, cadenciado... paciente...

Algumas rampas depois, quer a subir, quer a descer, algures numa fase em que pedalavamos há bastante tempo em longas planicies sentimos de novo as energias a baixar e em contrapartida o calor a aumentar; há muito que pedalavamos no meio "de nada" não havendo assim onde carregar "a bateria"; usufruiindo das vantagens caraterísticas do regime de autonomia, não houve qualquer problema; fomos a um fontanario buscar água e junto a uma casa abandonada que nos fornecia uma rica sombrinha, armamos grande almoçarada em que o prato principal foi "Massa à moda da EW Team"; sacos desmanchados, fogareiros, tachos, talheres, azeite, sal... para fora e aí está, de repente, tudo o que precisavamos estava connosco. O local era tranquilo e sombrio; pelo buraco da fechadura da porta da casa avistavam-se algumas colchonetes o que nos levou a pensar que seria um albergue improvisado para a época alta de peregrinações. Errado. Pouco tempo depois, já nos nos preparavamos para o arranque,  viemos a perceber o que aquilo significava; algumas senhoras dali perto vinham-se deslocando para a casa e iam-nos admirando, saudando e entrando para a casa (???). Que seria aquilo? Passado um pouco mais eia que sai um "shake rasgadinho" de dentro da casa o que nos levou a concluir que  ali era nada mais nada menos do que o "Old Ladies Dance Centre" (nome inventado naturalmente). De repente, no meio de nada, o sossego rasgado pela alegria da musica e da dança... espectacular!!!

Grande almoçarada ali no OLDC!

Como o ritmo de evolução nas subidas era obrigatoriamente lento, tentávamos naturalmente ganhar terreno em plano e a descer; e é a descer que o desafio é enorme e por vezes a loucura é total; uma vez lançados colinas abaixo, somos obrigados a antecipar muito mais as situações, fazer uma leitura do terreno diferente e em contrapartida... poupar os travões, daí que misturando tudo isto um pouco chegamos a atingir velocidades na ordem dos 60 Km em ordem de marcha com atrelado e tudo.

Obrigatória uma referencia especial à nossa passagem por Ourense. De repente, após a tranquilidade das serras atravessávamos uma grande cidade que não se manteve alheia à nossa passagem; o aparato marcado pela passagem de duas bikes em regime de "veiculo longo" faziam com que a inúmeras pessoas nos enviassem sinais de "força" e esplanadas completas a acenarem (parece que o Extrawheel ainda não é assim tão comum)... Na realidade estávamos precisando de força, nesta fase já tardia o corpo já reclamava algum descanso. Mais uma vez o GPS foi fundamental pois na confusão da cidade as marcações perdem-se facilmente; estava consciente disso e a minha concentração ao nível de orientação era para lá dirigida... resultou!

Sentia-se a diferença ao nível de temperatura e humidade o que convidava a encontrar um local para pernoitar desta feita com as tendas e material complementar que levávamos connosco. Assim, nesta fase o objectivo era uma vez deixada para trás a cidade na primeira oportunidade assentaríamos acampamento. Gradualmente alcançávamos de novo a paz das serranias circundantes, não antes de levarmos com algumas rampas violentas, bastante violentas...

Subindo, subindo e ainda mais subindo, a capela de São Marcos lá num alto à nosssa direita que prometia ser um lugar aprazível para passar a noite; para varias fica num alto digno desse nome a não foi fácil empurrar as nossas montadas até lá; violência e mais violência, a coisa estava a ficar cada vez mais exigente...

O dia estava praticamente feito e alcançávamos o nosso objectivo em termos de etape; montamos o acampamento ao cair da noite para não dar muito nas vistas. Lembro-me que comentei com o Valdemar que aquele, dada a sua característica, era o típico local de festa regional ao Domingo para as populações circundantes comemorarem o dia de São Marcos anualmente. Cansados, mas satisfeitos com o desenrolar dos acontecimentos finalmente estávamos como queríamos em plena comunhão com a natureza e o poder tomar as decisões conforme nos apetecia. Assim finalmente tivemos um fim de dia tranquilo, tendo vistas privilegiadas sobre Ourense e um belíssimo por do Sol. Fantástico!

A noite passou com calma característica até que de manhã já em preparativos para arranque fomos visitados por pelo padre que veio desde cedo abrir a capela pois a 24 de Abril celebra-se localmente o dia de São Marcos e por conseguinte ia ser dia de festa, onde já ouvi isto.... Resumidamente apreciei a simpatia do padre que após conversar connosco, explicando o que se iria passar ali, aceitou perfeitamente a nossa opção de ter pernoitado ali, inclusive foi-se embora deixou a capela aberta como que fazendo em nós um voto de confiança.

Ainda antes de partirmos mais uma visita: A Guardia Civil: subiu o monte até nós, o rugir dos motores para vencer a íngreme encosta, fazia adivinhar que vinham aí duas motas. Era agora, se tínhamos tido a compreensão do padre por um lado, cá estava provavelmente uma chatice. Surpresa de grande nível, fardados a rigor e após darem a volta (com dificuldade pois as nossas bicicletas limitavam-lhes a manobra), limitaram-se a cumprimentar e seguir viagem. Creio que rapidamente constataram aquilo que implementamos em todos os locais onde passamos: respeitar o local!

 

3ª Etape: OURENSE-SILLEDA

Lá arrancamos de novo monte acima (sim ainda subia mais), um inicio de dia em grande. Na nossa pedalada lenta lembro-me que fomos ultrapassados por uma "corredora de fundo" que em passo de corrida devorava as duras encostas. Para ela, parecia que não subia... impressionante!

Nesta etape fomos duramente fustigados por autenticas provas de trial e travessia de extensos lamaçais. A determinado momento, algures depois de CEA, paramos de frente a uma extensa "piscina" que nos obrigou a seguir um caminho alternativo com auxilio do GPS. Toda esta zona era constituída por terreno muito difícil de transpor, especialmente com o Extrawheel; mesmo para encontrarmos a alternativa fomos fustigados com novas travessias de terrenos perigoso e traiçoeiro. As terras barrentas sobrepunham-se a pedras por vezes lisas e algo polidas que nos obrigavam a constantes situações de Slide (bicicleta e atrelado); um breve comentário: quem não souber andar de bicicleta, ali ou desmonta e não aprende definitivamente ou fica um "ás do pedal".

Perdíamos muito tempo ali naquele bosque, o tempo não rendia, o relógio não parava e Silleda não se aproximava... embora que sem agitação de especial aceleramos os nossos comboios por cima de "toda a folha"; tentávamos passar montados em todas as dificuldades que se nos apareciam.

A determinado momento, eu ia um pouco mais à frente, apanhando uma fase do percurso em que o terreno permitia aliviar um pouco a tensão provocada pelas duras condições em que prosseguíamos fiz uma breve paragem apara aliviar a esperar pelo Valdemar que logo de seguida aparecia igualmente "borrado" de cima a abaixo de lama, mas havia uma cor no braço e perna esquerdos que nada tinha a ver com lama; tinha sido sofrido uma dura queda que lhe custou ferimentos no cotovelo e, o pior, um golpe muito profundo no joelho cujo aspecto não enganava: tinha que ser tratado. Os primeiros socorros ficaram ao nosso cargo mas os segundos teriam que ser em Lalin onde há um grande posto de saúde. Assim, no primeiro ribeiro de agua límpida as feridas foram limpas e desinfectadas, no entanto Lalin ainda "vinha longe" teríamos que sair dos Caminos e fazer alguns quilómetros extra.

De assinalar nesta etape que a lama e as pedras... continuaram por muito tempo. Não me esqueço as paredes que vencemos à passagem por Oseira (bonito o Mosteiro) trilhadas em caminhos empedrados intransitáveis mesmo sem atrelado quanto mais com o ele; aqui conseguimos transpor algumas fases apenas com esforço de equipe, tivemos atascanços e um pouco de todo o tipo de "encalhanços".

O improvisado tratamento dado ao joelho do meu companheiro de loucura, reclamava entretanto a viragem para Lalin, destino que a certo momento fomos obrigados a finalmente procurar. Desviamos então um pouco da rota e lá fomos às "urgências"; segundo opinião técnica o ferimento já não estava em situação de ser cosido, assim o Valdemar saiu com um penso 5 estrelas, ligaduras novinhas em folha e a recomendação de que: o passeio acabou aqui... não foi bem assim acabou em Santiago...

Domingo, já tarde, a prioridade foi o circuito Farmácia, para a medicação recomendada, e supermercado para conquistar a autonomia de arranque para o dia seguinte e o jantar do dia; à segunda fase do circuito... já não chegamos a tempo: cerrado... siga para Silleda.

Consultando de novo o GPS facilmente nos recolocamos de novo na rota dos Caminhos de Santiago permitindo-nos mais tarde por essa via alcançar o objectivo do dia: Silleda (não foi fácil); já chegamos tarde, a luz do dia já começava a cair e ainda não tenhamos assegurado um pouso para montar acampamento; assim apesar da energia já não ser muita havia que reagir rápido; para montar tenda é preciso procurar um local para isso e preferencialmente ter luz do dia... e já não tínhamos nada disso. Eu já não tinha água e fomos a uma bomba de gasolina comprar e articular a táctica para nos encostarmos algures.

Tarde como era, resolvemos comprar não só a agua como um jantar de improviso ali mesmo na bomba: umas sandes, sumos, chocolates,... à pressão.

Abalamos dali em busca de um local para acampar, dirigimo-nos para umas planícies perto de um Hotel que sobressaía na paisagem, acabamos por encontrar nas traseiras de um armazém abandonado um local relativamente adequado; a noite já caía e de novo as temperaturas caiam abruptamente e a humidade aumentara de novo, sentia-se; o problema do acampamento estava resolvido mas se possível era mais adequado arranjar um tecto; dirigi-me a uma rotunda ali perto onde de vez em quando lá passava alguém e tentei arranjar uma alternativa; basicamente dava "voz de alto" a toda a gente até que passou um carro de uma empresa particular de segurança que igualmente parou. o funcionário falou-me que eventualmente seria possível ficarmos num pavilhão ali perto e que quem tinha a chave e a responsabilidade do mesmo era um tal de Sr. Afonso que vivia algures por ali e por vezes frequentava um café também por acolá; na tentativa de nos brindarmos com condições mais reconfortantes, dado o tardio da hora, movemos diligencias para encontrar o tal Sr. (não foi mesmo nada fácil mas conseguimos).

Desta forma, depois de inúmeras peripécias, finalmente ganhamos um merecido brinde neste dia o Sr.(Santo) Afonso recebeu-nos com uma anormal simpatia (já eram cerca de 22 horas) e facultou-nos condições de 1ª classe: um pavilhão com mais de mil metros quadrados só para nós, com colchonetes altinhas, balneário com água quente... para nós este foi um dos pontos altos desta rota pois de facto foi-nos depositado um grau de confiança total sem nos pedir nada em troca...

 

4ª Etape: SILLEDA - Santiago de Compostela

Tanto cedo quanto possível lá partimos para cumprir a ultima etape do percurso. Analisando a altimetria. Tudo indicava que nada de especial iria acontecer, no entanto a pratica revelou que um verdadeiro quebra pernas aguardava por nós com o bónus de sempre: trepar com o Extrawheel carregadinho.

Este ultimo dia foi de calor intenso o que obrigava a especial cuidado com a hidratação. A determinada altura, faltavam apenas 10 Km para o final, o cansaço começava a tentar castigar de novo; sendo que foi um companheiro fiel, e já o conhecemos bem, aquilo que seria uma breve paragem para reabastecimento de água reverteu em pic-nic de ataque ao inimigo: massa com atum cozinhada quentinha na hora, aguinha da boa, sumos, fruta e outras necessidades que trazíamos; de seguida um pouco de descanso e estávamos de novo "prontos para tudo"; para quê chegar a Santiago todos estourados se tínhamos condições para l´+a chegar relativamente folgados?

Assim procedemos de seguida ao ataque final e nem as obras que encontramos à entrada de Santiago nos fizeram perder o bom humor... sempre a andar (a massa faz milagres)...

Entretanto já articulávamos com o João Paulo, via telemovel, a logística de regresso; ele já estava em caminho pilotando a carrinha alugada; no final tudo bateu certo.

Chegamos relativamente folgados a Santiago de Compostela que se encontrava relativamente calma (depois é que raciocinei e lembrei-me de que era segunda-feira). Foi a chegada mais tranquila que tive até hoje, assim é que devia ser sempre! Na oficina do peregrino onde fomos oficializar a chegada, estava tudo calmo.

Assim enquanto um tomava conta das "bicis" o outro cumpria as formalidades e comprava um "regalo" para levar para casa. Guardamos para o final a tradicional sessão fotográfica pois fizemos questão que o João Paulo, já sincronizado completamente connosco, fizesse parte da mesma.

Cumpridas as formalidades, acondicionamos todo o material na carrinha e passando em Viana do Castelo conseguimos arranjar (em Castelo do Neiva) um Restaurante que nos permitisse ter um reconfortante jantar em jeito de comemorativo; ao fim e ao cabo depois de tantas contrariedades, conseguimos chegar. Não que em algum momento não acreditássemos, mas na realidade, na modalidade "AUTONOMIA TOTAL", carregando a reboque o peso da mesma... não foi fácil!

 

Nível geral de dificuldade CAS:

Da forma como foi feito:

Físico–4 (difícil) e técnico–4 (dificil).

 

 

Alguma estatística da realidade (dados GPS):

 

 

 

 

Conclusões:

Sabendo o que sei agora, após evento, não alteraria nada de especial o que significa que fomos bem preparados; partimos com o espírito de autonomia: fazíamos o que queriamos e à hora que queriamos; saimos com o espírito de aproveitar o que de bom se nos deparasse e aproveitamos; soubemos actuar de acordo com a equação acção/reacção de forma a mantermo-nos focados nos processos que nos permitissem atingir os objectivos que traçamos logo à partida; para tudo isso contamos com boas doses de determinação e capacidade de improviso.

 

Não sou fundamentalista nesta questão das bicicletas, já fiz diversos percursos duros de variadas formas, todas elas tem vantagens inegaveis; esta, a autonimia total, tem obviamente os seus custos mas também traz grandes benefícios dos quais destaco: a LIBERDADE DE ACÇÃO que permite disfrutar intensamente cada hora de cada dia; desta forma as nossas capacidades são mais postas à prova e isso é um desafio!

De qualquer forma esta é apenas a minha opinião, lembro que o forum está ao dispor para que não apenas a minha prevaleça!

 

 

Agradecimentos especiais:
Ao João Paulo, membro da EW TEAM, que por via do imprevisto, apesar da impossibilidade de pedalar connosco esta aventura, esteve sempre junto de nós levando até ao fim o seu espírito de equipe culmatado com o facto de nos ir resgatar ao país vizinho; OBRIGADO!

Até sempre!!!

 

T.C. – Presidente do Clube Amigos da Serra